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Publicação da Nota Técnica “Impacto Socioeconômico da Implementação da Tarifa Zero no Transporte Público de Belo Horizonte”

A nova Nota Técnica elaborada por pesquisadores do CEDEPLAR (Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional) da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG analisa os impactos socioeconômicos da implementação da Tarifa Zero no transporte público de Belo Horizonte.

Acesse a nota completa aqui ou clique na imagem a seguir.

A nota técnica analisa os potenciais impactos socioeconômicos da adoção da Tarifa Zero no
transporte público de Belo Horizonte
, com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF 2017/2018). A capital mineira destaca-se entre as cidades brasileiras com
maior número de usuários de transporte público e apresenta elevada dependência do modal
ônibus, que concentra 88% dos gastos das famílias com mobilidade.

Os dados apontam que os gastos com transporte público na cidade correspondem a uma parte
considerável da renda familiar, cerca de 19% das famílias de baixa renda. O peso desse gasto
compromete a capacidade das famílias de consumir outros bens e serviços, além de restringir
sua mobilidade para acessar direitos básicos, como saúde, educação e trabalho.

Nesse sentido, o projeto de Tarifa Zero proposto na Câmara Municipal de Belo Horizonte,
representa uma liberação de renda, especialmente para famílias de baixa renda. Os efeitos dessa
liberação podem ser observados no comércio e serviços locais, favorecendo a geração de
empregos e a ampliação da renda
municipal.

As simulações de benefício econômico decorrente da gratuidade na tarifa indicam que o valor
destinado à manutenção das linhas de ônibus no município possui potencial de multiplicar
ganhos econômicos para a cidade
. Dessa forma, o projeto não apenas reduz desigualdades
socioeconômicas, mas também amplia o acesso a direitos sociais, promovendo inclusão e
melhoria da qualidade de vida da população de Belo Horizonte.