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Em um anúncio surpreendente, o prefeito Alexandre Kalil informou que chegou a um acordo com as empresas de ônibus e que vai reduzir a passagem para R$ 4,30, a partir de fevereiro. Afirmou também que haverá um processo de modernização do atual contrato de transporte coletivo.

Antes de mais nada, a redução só será possível pela instituição de algo que martelamos há 8 anos: SUBSÍDIO TARIFÁRIO. A implementação desse instrumento pelo qual pressionamos nas ruas, nas audiências públicas, CPIs e coletivas, é UMA VITÓRIA CONCRETA DA LUTA POPULAR.

MAS AINDA É MUITO POUCO – NA FORMA E NO CONTEÚDO.

A redução de 20 centavos em um sistema totalmente sucateado não começa a compensar os sobrelucros que os empresários tiveram em todos esses anos de retirada de frotas, linhas e cobradores. Além disso, as primeiras informações que chegam é que esse recurso vai vir como custeamento das atuais gratuidades, e não como uma reformulação da forma de remuneração do sistema.

Por fim, não há clareza sobre como se dará a dita modernização do contrato, todos os acordos foram feitos a portas fechadas, sem atas registradas, sem participação popular. Foi dado um passo, mas o caminho para a reversão da precarização do busão é subsídio com transparência e controle popular e combate ao poder econômico dos empresários.

Vamos continuar na luta até que a tarifa seja zero.